terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Caminho


38°48'7.08"N
9°24'17.73"W

Sintra, Ponte da Ribeira, Outubro de 2006.
Num final de tarde em que o Eléctrico Vermelho teimava em não passar … Deixei-me levar pelas cores de Outono que à minha volta pintavam um quadro de silêncio e paz.
Deixei-me embalar pelo vento, que me dizia por onde tinha andado e já tocado tantas outras árvores e percebi que não existe caminho para a Felicidade….a Felicidade é o caminho…

“Sê paciente, espera que a palavra amadureça e se desprenda como um fruto ao passar do vento que o mereça”
(Eugénio de Andrade)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Horizonte


33°22'37.28"N
12°30'19.11"W
2010, Oceano Atlântico, Costa de África.

De regresso a Lisboa depois de uma semana perdidos nos deleites de um cruzeiro, o “nosso” primeiro cruzeiro…
Depois de Lanzarote, esperavam-nos 36 horas de alto mar e de sensações únicas. Foi nesta viagem que lhe pedi que fosse minha…30 de Abril de 2010…e a primavera floresceu de novo nos nossos corações…
O Mar é tão imenso e poderoso porque teve a humildade de se colocar abaixo de todos os rios. Se , apressado, quisesse selo primeiro, não seria mais que uma ilha solitária.


“Um homem só pode descobrir novos oceanos se tiver a coragem de perder a terra de vista”
(Myles Munroe)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

China em Paris


"...Paris, cidade luxuriante dos amantes
Da boémia, da Poesia e da Luxúria
Dos poetas que tangem a penúria
e que a encontram pelas rotas dos errantes..."

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

"O Inicio "


Com esta foto, que demonstra o nascer do sol em Lanzarote, pretendo dar inicio, nascer deste Blog dedicado à fotografia e tudo aquilo que a rodeia.

Na ilha por vezes habitada

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura. Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.

(José Saramago)